quarta-feira, 24 de agosto de 2011

longe...

... perto de você
eu não pude ficar
tente não me esquecer
vou tentar sempre te amar...

terça-feira, 28 de junho de 2011

Por meio desta, farei um breve relato das aulas,ou encontros como prefiro chamar, refletindo a respeito do que cada um desses encontros me permitiu sentir:

Apresentação da disciplina: no primeiro encontro fui apresentada a disciplina junto a turma.e descobri em um primeiro momento que as aulas seriam práticas e desafiadoras.Ao chegar em casa, a primeira coisa que fiz foi "jogar" no google o nome do professor para saber se era psicólogo ou afins, pois sua voz me parecia alentadora.

Diferentes pontos de vista- foi o encontro em que nos foi entregue a cada um uma folha A4 e o professor nos orientou a cortar os cantinhos desta folha após dobrá-la em duas partes.Em um primeiro momentos, pensávamos que o resultado seria o mesmo para todos ja que, estávamos todos fazendo exatamente a mesma coisa.Para a surpresa de todos os resultados foram os mais diversos. A moral da história é que as nossas diferenças não nos tornam errados ou certos. Podemos ser, pensar ou agir diferente e mesmo assim estarmos corretos.

Comunique-se - Nessa dinâmica cada um do grupo recebeu uma folha com uma série de características e teria que descobrí-las nos colegas e assinalar ao lado seu nomes ao lado. Nesta lista continham itens como gostar de ler, falar outro idioma, sentir-se inibido. Essa dinâmica nos proporcionou 'quebrar o gelo', afinal era a segunda semana de aula e todos estavam ainda muito retraídos. Lembro me que foi nessa aula que descobri o nome de todos os meus colegas e percebi que apesar da aparência dizer algo, devemos ouvir sempre o que o outro tem a dizer para, só então, saber como ele pensa. Apartir daí as coisas mudaram bastante. Os mais descolados e os mais tímidos formaram um grande grupo fora de sala de aula.



Abrindo janelas: Atividade em que a turma formou dois círculos conscêntricos, em que quem estava no círculo externo, tinha uma folha em mãos com diversas perguntas bem pessoais e deveria fazê-las mantendo algum tipo de contato físico àquele que estivesse a sua frente, no círculo interno, mantendo olhando em seus olhos todo o tempo. Nessa atividade, percebi que a alguns poucos com quem tinha mais intimidade eu dava respostas sinceras. Àqueles com quem eu ainda não havia trocado uma frase inteira, eu procurava responder da forma mais superficial possível, tentando me guardar sabe-se lá de que.

A fogueira de palitos - Nessa atividade fomos separados em trios em que cada um seria o observador, o guia e o guiado,digamos assim. Cada um do trio passava pelas três situações em que, como observador(indiferente), senti me impotente por observar a tudo sem poder fazer algo.Como o guia (educador), senti me mais confortável e útil com a sensação de estar ajudando ao próximo e sentindo que este depositava em mim sua confiança. Como guiado (dependente) senti que poderia e deveria confiar naquele que me guiava. Em momento algum senti me inferior ou incomodado com a situação de depender de alguém, porque diariamente precisamos das pessoas. Precisamos que o motorista do ônibus nos espere quando nos atrasamos, que a moça no supermercado nos ajude a encontar o produto que está em falta, que o colega de trabalho nos substitua para que possamos ir ao banheiro. Enfim, é indispensável que o próximo nos estenda a mão e nos ajude sem que precisemos pedir, tão imprescindível quanto agradecê-lo ou ao menos sentir-se grato. Não esquecendo que nem sempre na vida é possível fazer algo.Há momentos em que somos obrigados a ser expectadores. Faz parte da vida.  
Cegos,surdos e loucos - Encontro ao ar livre. Uma grande experiência. Fomos separados em duplas e nos foi proposto que um da dupla tivesse uma venda nos olhos,sendo guiado pelo outro.A parte interessante é que aquele que guiasse não poderia dizer uma só palavra,(sendo assim o surdo) e sim conduzir o cego, fazendo-o experimentar coisas como acariciar um cãozinho que passeava por lá ou até flores molhadas pelo sereno.Nessa atividade experimentei sensações como ter que confiar naquele que me guiava, e na ausência da visão os demais sentidos estarem mais aguçados, como a audição e o tato.
A Caverna de Platão: Apresentamos,meu grupo e eu, uma peça baseada nesse mito.Claro que é um mito interessante, as discussões que viriam a respeito deste e dos demais apresentados pelos demais colegas nas aulas subsequentes foram vivências ricas.Porém, para mim, o crucial foi me expor perante todos e tentar deixar de lado essa fobia de falar em público, de ser o centro das atenções nem que fosse por segundos. Mais uma vez percebi que preciso vencer essa limitação.

Descobrindo o outro - Nessa atividade nos dividimos em dulplas e nos acomodamos mantendo uma certa distância entre cada dupla. Cada uma falava ao outro o que achava a respeito deste e o que achava que o mesmo pensava a seu respeito. Aos poucos os componentes iam mudando e houve o momento final da atividade em que cada um deveria escolher aquele com quem gostaria de realizar esta tarefa.Até então era o professor que escolhia quem a realizaria com quem. Isso nos fez realizá-la com pessoas com as quais não tínhamos nenhuma proximidade e isso pra mim foi a parte mais difícil: saber o que alguém ,com quem até então eu não havia mantido nenhum diálogo, pensava a meu respeito.Ouvi de um colega uma crítica que para mim foi difícil e me fez rever alguns conceitos. Ele me disse que eu era introvertida e eu descordei totalmente.Mas isso não gerou nenhum tipo de atrito.Muito pelo contrário. Foi uma experiência bem rica para mim e acredito que para todos.

Potencialidades e limitações - Atividade em que a turma sentou-se em um grande círculo e cada um recebeu uma lista dividida em duas colunas e seria preenchida por todos os colegas, um a cada vez com um ponto positivo e na outra coluna, um ponto negativo. Ao fim da dinâmica, haviam em media vinte e cinco opiniões a nosso respeito. Nessa atividade foi possível detectar o tipo de auto imagem que deixamos transparecer, ou seja, tínhamos em nossa mão, não uma simples folha de papel, mas uma espécie de espelho onde nos enxergamos com os olhos de outra pessoa.Foi uma experiência bem interessante e não me trouxe grandes surpresas.Durante este semestre, por várias vezes a insegurança me impediu de desempenhar inúmeras atividades práticas, especialmente nas aulas de fundamentos de ginástica.Por isso, em média 90% das impressões a meu respeito foram 'insegurança' . Mas houveram aqueles colegas que não só escreveram essa palavra mas sim, usaram frases me encorajando a arriscar mais ou contar com sua ajuda. Isso sim me surpreendeu.O que ficou mais evidente nessa atividade foi que muitos colegas não aceitaram as críticas e não estavam preparados para ouví-las.


Anjo -os anjos e seu protegidos foram revelados. Não só revelados.Cada anjo foi convidado a trazer para seu protegido um presente.Porém, o presente não poderia ser algo comprado para ocasião.Teria de ser algo de grande valor sentimental ao anjo e ele teria de fazer algo muito difícil: se desfazer desse bem e cedê-lo ao seu protegido.Como o professor que dá ao seu aluno algo muito precioso - o conhecimento- sem esperar nada em troca.Não esperei que esta aula fosse tão emocionante como foi.Houveram momentos de muita comoção, de colegas que até então passavam aquela imagem de durões.Dei ao meu protegido o chaveiro do nosso curso,que ganhei assim que soube que houvera passado na seleção do Prouni e que em alguns dias cursaria a Faculdade de educação física em uma Instituição muito conceituada: a PUCRS!
Ganhei do meu anjo algo muito especial, que pra ele também um grande valor sentimental. Eram pedrinhas de diferentes cores, cada uma delas para uma situação diferente. Essas pedrinhas lhe foram dadas por sua mãe quando este tinha sete anos e entrara para a escola. Segundo ele, a adaptação foi difícil, por isso, a pedrinha azul ele deveria segurar em uma das mãos quando sentisse medo. A verde, era para os momentos de ansiedade. E assim por diante.Confesso que acabada a aula, eu o procurei para devolver lhe o que havia me dado, pois sabia que lhe faria falta. E não podia me surpreender mais qual foi sua resposta: "- Marta, fique com essas pedrinhas, pois elas me ajudaram muito e sei que tu estás precisando mais do que eu nesse momento.Elas vão te ajudar como ajudaram a mim." Aquela facilidade em desapegar-se de algo material me constrangeu, pois eu não podia dizer o mesmo a respeito do chaveiro que dei com grande pesar ao meu protegido.

<O que todas estas atividades têm em comum? Todas elas nos fazem refletir e exercitar aquele hábito saudável de "colocar-se no lugar do outro". Isso tem me ajudado muito na minha vida pessoal e mais ainda na vida vida profissional, afinal trabalho na ouvidoria de uma grande empresa e meu trabalho é ouvir críticas e sugestões. >

Auto avaliação: No último encontro ,segundo o cronograma,vamos,além de entregar este memorial, nos auto avaliar e eu pretendo agradecer ao professor por tudo e por todas as sensações que proporcionou ao grande grupo.

Professor Nelson, muito obrigado por esses ‘momentos de reflexão’ que me proporcionaste.Fique com Deus.

Escrito por Marta Santos Cardoso turma 134
Disciplina de Formação Pessoal por Profº Nelson Todt
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul